Espetáculo “REDE de Memórias” do Liceu de artes Cláudio Santoro uniu dança, música e depoimentos para resgatar memórias coletivas na noite de 14/11.
O Liceu de artes e Ofícios Cláudio Santoro apresentou o espetáculo REDE de Memórias na noite de sexta-feira (14/11) no Teatro Amazonas. A montagem misturou dança, música, audiovisual e depoimentos para revisitar afetos, tradições e histórias que, segundo a produção, compõem a identidade amazônica.
Formato e proposta
O espetáculo propôs uma viagem no tempo por meio de repertório construído para revisitar gestos cotidianos e canções da cultura popular, muitos lembrados no telão como relatos de uma época sem redes sociais. Em cena, bailarinos transformaram essas recordações em movimento, traduzindo em gestos a afetividade passada entre gerações.
A música ao vivo foi executada pela Orquestra de Repertório Popular, que acompanhou as coreografias e ajudou a conduzir o público pela proposta sensorial do espetáculo. Conforme a música, trechos escolhidos do repertório incluíram um chorinho do show dos homenageados e as músicas “Mercado Adolpho Lisboa” e “Faróis”.
Reações e depoimentos
A aluna Júlia Soares, integrante da turma de dança I, afirmou que participar foi uma experiência transformadora. “O Liceu é uma família, os professores sempre nos acolhem e nos aconselham da melhor forma. O REDE de Memórias nos permite revisitar a nossa história e entender como a cultura amazonense influencia nossa identidade artística”, disse.
Na plateia, os músicos Inês e Candinho, cujas obras foram incluídas no repertório, destacaram a emoção de ver suas músicas integradas ao espetáculo. “Estamos muito felizes. No repertório estava um chorinho do nosso show e as músicas ‘Mercado Adolpho Lisboa’ e ‘Faróis’, título do nosso CD”, contou Inês, ao lado de Candinho.
Concepção e equipe
Branco Souza, coordenador do Núcleo de dança do Liceu, explicou que o conceito do espetáculo foi construído a partir de lembranças coletivas e elementos do imaginário cultural do povo amazonense. “REDE de Memórias faz um resgate afetivo de canções, gestuais e cotidianos muito peculiares da nossa região, passados de geração em geração. É também uma oportunidade de mostrar o Liceu ao público, com a confluência de dança, música, teatro e artes visuais”, afirmou, agradecendo aos professores envolvidos na pesquisa e criação: Eduardo Amaral, Laiane Conde, Rebeca Santana, Ingrid Oliveira, Nayara Faba e Rômulo Roussein.
A musicista Graziane Froz, da Orquestra de Repertório Popular, disse que a seleção das peças buscou ampliar a experiência emocional da plateia. “Conseguimos desenvolver um repertório pra cima, escolhido a dedo para esse espetáculo de dança. A música envolveu todo mundo. Estou muito feliz com o resultado que a orquestra conseguiu entregar junto ao Núcleo de dança”, afirmou.
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