A escola municipal Divino Pimenta, da Prefeitura de Manaus, é a primeira unidade de ensino, coordenada pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), a receber o selo de “Escola Restaurativa e o relógio da Paz”. A ação, que fomenta a Cultura de Paz, é realizada pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM). A entrega aconteceu nesta quinta-feira, 20/6, e reuniu representantes da rede municipal de educação, do MP, Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e comunitários.
A secretária de Educação, professora Dulce Almeida, falou da importância de ter a presença dos familiares em um evento que trata de um dos maiores problemas da sociedade.
“Esse projeto não teria nenhuma função se não tivesse o envolvimento de todos que estão aqui. De todos os pais, dos alunos e de toda equipe que desenvolve essa ação tão importante para a nossa sociedade. Com o passar dos anos a violência só tem aumentado, pessoas adoecidas mentalmente e que acabam descontando seus estresses e traumas no próximo. Com esse projeto, nós buscamos realmente implantar a paz na escola, nas famílias e na sociedade”, destacou a secretária.
A placa com o selo e o relógio da paz ficam no hall de entrada da escola para que todos vejam. “Esse selo que a escola recebe é uma marca, é um compromisso que todo representante da comunidade e administradores públicos devem se empenhar em manter a cultura de paz nas escolas”, declarou a procuradora de Justiça do MP e coordenadora do projeto, Anabel Mendonça.
A unidade de ensino atende cerca de 1.454 crianças na Educação Infantil e Ensino Fundamental, do 1º ao 9º ano. Para receber o selo, a escola desenvolveu o projeto realizando palestras de combate ao Bullying e respeito ao próximo.
De acordo com a gestora, Lídia Mara Silva, a escola era vista pela comunidade como um local não tão seguro. “Realizar esse projeto na escola, mudou totalmente a nossa realidade. Nossos alunos agora se respeitam, conversam e isso se estendeu também para a comunidade, que agora confiam ainda mais no nosso trabalho”, comentou a gestora.
A estudante, Débora Souza, 14, do 9º ano, já percebeu a mudança que o projeto trouxe para escola. “É incrível como todos nós mudamos as nossas atitudes. Hoje, nós conversamos, colocamos para fora todos os nossos problemas e recebemos todo o apoio que precisamos”, afirmou Débora.
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Texto – Érica Marinho / Semed
Fotos – Mário Oliveira / Semed