A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), tem intensificado suas ações de educação ambiental e sensibilização, tanto na área urbana quanto na rural da capital. Com uma equipe de mais de 50 servidores dedicados, a secretaria realiza diariamente atividades que vão da orientação sobre o descarte correto de resíduos à transformação de áreas degradadas em espaços verdes, integrando as comunidades e promovendo saúde, dignidade e consciência ambiental.
Um exemplo marcante desse trabalho está sendo realizado na Comunidade Indígena Tarumã, na região da Cachoeira Alta do Tarumã, zona Oeste da cidade. A área, que abriga famílias da etnia Kokama, está recebendo uma ação integrada entre Semulsp e Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Mudanças Climáticas (SemmasClima), voltada para a recuperação ambiental e o fortalecimento dos laços comunitários.
Nesta quinta-feira, 29/5, as equipes foram recebidas com um café da manhã reforçado oferecido pela comunidade, em um gesto de acolhimento que selou a parceria entre o poder público e os povos originários. Em seguida, servidores e comunitários arregaçaram as mangas e deram início à preparação de cerca de 400 pneus — todos recolhidos após descarte ilegal nas ruas de Manaus — que serão transformados em jardins ecológicos no entorno da lagoa principal da comunidade. Os pneus receberão espécies ornamentais cultivadas no viveiro da Semulsp, que já foram plantadas no local e começam a colorir e revitalizar a paisagem.
“Não adianta só limpar se as pessoas continuam jogando lixo onde não devem. Nosso trabalho é fazer com que cada morador entenda o impacto dos seus atos no meio ambiente. A transformação começa pela mente, mas se concretiza com as mãos. E isso a Semulsp está fazendo todos os dias”, explica a coordenadora de Educação Ambiental da Semulsp, Miriam Reis.
A SemmasClima, por sua vez, realizou o plantio de árvores frutíferas próximas à oca principal, como parte do compromisso com a recuperação ambiental e o bem-estar da comunidade, que agora contará com mais sombra, alimento e qualidade de vida.
Para a cacica Francisca Coelho, da etnia Kokama, a ação vai além do ambiental e reforça o respeito à cultura e à espiritualidade do seu povo:
“A nossa lagoa é sagrada. Aqui é onde pescamos, onde nossas crianças brincam, onde nossos antepassados viveram. Ver esse cuidado com nosso território, ver esses jardins brotando onde antes era lixo, nos enche de alegria. Agradecemos à Semulsp por esse trabalho que respeita nosso modo de vida e traz esperança para o nosso povo.”
A ação faz parte de uma política permanente da Semulsp, que desenvolve ações de educação ambiental com forte apelo visual e comunitário. Nos bairros de Manaus, locais antes tomados por entulho e descarte irregular estão sendo convertidos em canteiros floridos, hortas e jardins sustentáveis, sempre com envolvimento da comunidade local.
No bairro Santa Etelvina, por exemplo, a dona de casa Maria do Socorro relata a mudança radical na paisagem e no comportamento dos moradores:
“Essa área era esquecida, tinha muito lixo, mosquitos e até ratos. Depois que a equipe da Semulsp veio, limpou tudo, plantou flores e explicou como cuidar melhor, a gente passou a valorizar mais nosso espaço. É bonito de ver.”
A reação da comunidade foi a mesma, na Colônia Santo Antônio, São Raimundo, Cidade Nova, Redenção, união, Praça 14 de Janeiro, Monte das Oliveiras, entre outros.
Além das ações educativas, a Semulsp realiza diariamente serviços de capina, poda, varrição, raspagem, pintura de meio-fio, dragagem de igarapés e remoção de entulhos, com o apoio de caminhões, retroescavadeiras e uma “exército” de garis.
A Prefeitura de Manaus, por meio da Semulsp e da Semmasclima, reforça que a limpeza pública é um ato coletivo e convida os moradores a se engajar ativamente, respeitando os horários de coleta, evitando o descarte irregular e participando das atividades de sensibilização ambiental.
“Nós plantamos beleza onde havia abandono. O lixo que era um problema, agora vira solução. E, acima de tudo, damos o exemplo. É assim que construímos uma cidade mais humana e sustentável”, conclui Miriam Reis.
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Texto e fotos – Divulgação / Semulsp