Há 33 minutos
FOTO: Tiago da Mota e Silva/Inpa e Nathalie Brasil/Fapeam
Recursos humanos qualificados
Uma das outras prioridades do projeto é a capacitação profissional envolvendo o ensino, a pesquisa e extensão, somando 388 formações entre 2017 e 2024, sendo 154 iniciações científicas, 25 mestrados, 86 doutorados, 62 pós-doutorados, bem como 61 formações em outras modalidades.
Os estudos têm gerado também importantes subsídios no desenvolvimento de políticas públicas, especialmente relacionadas à proteção da floresta amazônica e dos ecossistemas aquáticos, e a garantia da qualidade da água, como afirma o pesquisador. No que diz respeito ao conceito de classificação das águas, o INCT Adapta propôs uma mudança no processo de identificação, levando agora em consideração não apenas o aspecto físico como a cor e a densidade, mas também características químicas e biológicas.
“É necessário entender que os efeitos das mudanças ambientais têm impacto direto na saúde das pessoas, e que a ciência deve gerar conhecimento com o objetivo de planejar alternativas no enfrentamento dos desafios ambientais”, disse.
Ele pontua que as informações reunidas no projeto podem contribuir não somente para a restauração de ambientes degradados, mas também na inclusão social e crescimento de renda. São vários estudos em andamento, dentre eles: o desenvolvimento de um projeto baseado no sistema chamado wetlands, estações ecológicas de tratamento de água; pesquisas de manejo sustentável do pirarucu; e pesquisa sobre a tecnologia de bioflocos na área de aquicultura.
Em um cenário de crescente preocupação quanto à transmissão de doenças tropicais, e o impacto na economia a exemplo da diminuição das taxas de crescimento dos peixes em pisciculturas, os dados reunidos pelo INCT Adapta são relevantes para a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Sobre o INCT
O INCT Adapta é apoiado pela Fapeam, pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e parte do programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT).
O projeto analisa como diferentes grupos de organismos aquáticos se comportam diante das mudanças ambientais. Durante as pesquisas são monitoradas as chamadas espécies sentinelas, que podem atuar como indicadores de saúde dos ecossistemas. Além disso, são gerados biomarcadores, que auxiliam no acompanhamento da qualidade dos ambientes aquáticos.