Pais e alunos puderam esclarecer dúvidas em relação ao Transtorno do Espectro Autista com especialistas
FOTO: Euzivaldo Queiroz / Secretaria de Estado de educação e Desporto Escolar
Na passagem do Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, comemorado neste 2 de abril, a escola Estadual (EE) Bom Pastor, localizada no bairro Crespo, zona sul de Manaus, promoveu uma palestra com a participação de especialistas, pais e alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, com o objetivo de reforçar a importância do respeito, da inclusão, e da disseminação de informações sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
De acordo com a diretora Natacha Caroline, esse é o terceiro ano em que a escola traz especialistas para uma conversa com pais em relação ao autismo, sanando dúvidas e trocando experiências. Atualmente, a unidade escolar trabalha com a integração de mais de 20 alunos que têm o laudo de autismo, e outros dez que estão em investigação.
A diretora explicou, também, que a escola trabalha a inclusão por meio de todos os profissionais, direcionando o acolhimento às crianças e famílias, a fim de trabalhar a noção de que a escola também faz parte desse processo de aprendizagem.
“A gente acha que o autismo está crescente, mas na verdade a conscientização em relação ao autismo é o que tem crescido, a aceitação por parte da sociedade e o trabalho feito com essas crianças que um dia serão adultas e merecem viver bem”, ressaltou a diretora Natacha Caroline.
Os especialistas convidados foram o psicólogo Fernando Ferreira, e o psiquiatra Thiago Aguiar. Ambos trataram sobre o diagnóstico e a importância de olhar para as crianças autistas e para os pais atípicos de maneira acolhedora. Para os alunos, foi também repassada a mensagem sobre como lidar com as características de cada colega dentro do ambiente escolar.
O idealizador do evento, professor Renato Reis, trabalha diretamente com os alunos do 5º ano e percebe a necessidade de integração entre os alunos por meio da criação de novos hábitos, como a modificação do gesto de “bater palmas” para o gesto de balançar as mãos.
FOTO: Euzivaldo Queiroz / Secretaria de Estado de educação e Desporto Escolar
“O nosso dia a dia é dinâmico e maravilhoso, as crianças têm uma aceitação incrível, que só vendo para acreditar. Eles não têm essa ideia da exclusão, é inclusão total”, afirmou o professor.
Para Helen Rodrigues, mãe da aluna Lívia, do 5º ano do ensino fundamental, o trabalho realizado pela unidade de ensino e a dedicação dos funcionários é primordial para o bem-estar da filha.
“Este ano ela teve a oportunidade de participar do evento como aluna e a felicidade é ainda maior. O professor trabalha de uma maneira muito inclusiva com todos os alunos, de maneira respeitosa e acolhedora. Eu fico muito feliz que a Lívia possa fazer parte dessa escola”, declarou a mãe.
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