Justiça Cura Amazônia: Duhigó e Rember iniciam pinturas nas empenas dos edifícios Mônaco e Monte Carlo Noticiario Brasil Compartilhar Compartilhar Há 13 minutos FOTO: Divulgação/ Secretaria de Cultura e economia criativa Ao chegar nesses espaços, potencializada por um movimento, uma corrente global de artistas, produtores, curadores e pensadores, a arte indígena tem sido uma poderosa ferramenta coletiva que propõe novos parâmetros para revisitar os cânones e possibilitando uma reflexão a respeito do que tem sido os últimos séculos de apropriação das estéticas, mitos, conhecimentos e medicinas. Rember se junta a esta corrente e faz da arte indígena seu espaço de autorrepresentação, o primeiro espaço, segundo ele, em que foi permitido aos indígenas falar em primeira pessoa. O artista acredita que a arte, em especial, a pintura, permite a transmissão da voz dos ancestrais, em cada palavra, gesto e traço. Em sua obra, são os antepassados que falam em primeira pessoa. “Não há como convidar ao estético se não se fala de materiais e poderes invisíveis porque a arte indígena transporta o conhecimento dos nossos ancestrais”, conta. Artista autodidata, Rember nasceu em família de artistas, carrega a técnica e as cosmovisões de seus antepassados. É na cosmologia Uitoto que ele encontra inspiração, principalmente nas cosmologias relacionadas ao clã Aymenú, ao qual pertence. “Minha obra é tudo o que vejo na floresta”. Em suas telas, está expressa a visão que oferece a floresta, seus mitos e histórias, onde se encontram todas as respostas. São conhecimentos vivos e em constante transformação, em que não se separa o material e o imaterial, o visível e o invisível. Primeira edição Em sua estreia na cidade, em 2023, o Cura Amazônia pediu licença para entrar no território histórico do Largo de São Sebastião, complexo arquitetônico que abriga o patrimônio brasileiro. Lá, semeou pensamentos e imagens germinantes com saberes dos povos indígenas da Amazônia. Aliando-se à cena local de arte urbana, o Cura, também em 2023, com o apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e economia criativa, transformou duas empenas em murais de arte, com obras dos artistas indígenas: Denilson Baniwa, nascido em Barcelos (AM), e Olinda Silvano, do Peru. Trouxe ainda as “Entidades”, uma instalação do roraimense Jaider Esbell. Com eles, saberes e mistérios habitaram o Largo São Sebastião. Leia também FUnATI alcança mais de 182 mil pessoas com ações de ensino, pesquisa, extensão e saúde no Amazonas FUnATI alcança mais de 182 mil pessoas com ações de ensino, pesquisa, extensão e saúde no Amazonas Escola de Capoeira Luta de Libertação promove encerramento de ciclo formativo no Centro Cultural Povos da Amazônia Com assistência técnica do Idam, seringueiros de Eirunepé acessam pagamento da subvenção estadual da borracha Centro de Mídias da Secretaria de Educação do Amazonas é selecionado em edital nacional de apoio a práticas educacionais Steam Compartilhar este artigo Facebook Twitter Copy Link Print