Com o slogan “Carne clandestina: saúde em risco”, ação busca alertar a população sobre os perigos de consumir carne ilegal
Foto: Joubert Lima /Adaf
A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) lançou, nesta quinta-feira (29/08), uma campanha de combate à clandestinidade. A ação, que aconteceu na sede do supermercado Baratão da Carne, localizado na Avenida Rodrigo Otávio, na zona sul de Manaus, e será estendida aos demais municípios do estado, tem como slogan “Carne clandestina: saúde em risco”, e busca alertar os amazonenses sobre os riscos do consumo de carne ilegal.
O supermercado Baratão da Carne foi escolhido para sediar a abertura da campanha por integrar a lista de 145 estabelecimentos com Serviço de Inspeção Estadual (SIE-AM) ativo, ou seja, está apto a vender carne regularizada e de acordo com as normas higiênico-sanitárias previstas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Foto: Joubert Lima /Adaf
O diretor-presidente da Adaf, José Omena, destaca que o foco principal da campanha é o risco do consumo de carne clandestina para a saúde humana, mas a ilegalidade afeta outros pontos. “Não podemos esquecer que a clandestinidade tem impacto econômico e afeta diretamente o bem-estar dos animais, já que o abate não segue os mesmos protocolos adotados nos estabelecimentos certificados, causando desconforto e sofrimento para o animal”, pontuou.
A clandestinidade de produtos de origem animal, em especial a carne, está diretamente relacionada ao surgimento de quadros de intoxicação alimentar, verminoses e até zoonoses na população. Entre estas enfermidades estão: a Teníase, causada por parasitas como o Taenia saginata ou Taenia solium; a Brucelose, considerada uma doença grave; e a Tuberculose, doença crônica e de evolução lenta.
Para garantir a saúde da sua família, o consumidor deve estar atento à procedência dos alimentos que compra e leva à mesa. No Amazonas, a Adaf é o órgão responsável por registrar agroindústrias de produtos cárneos e certificar a carne que chega ao mercado estadual.
O trabalho inicia muito antes do produto ser fabricado. Isso porque o estabelecimento interessado em manipular alimentos de origem animal precisa submeter o projeto do seu empreendimento à autarquia, assim como ser aprovado em vistorias presenciais.
Obtido o selo de Serviço de Inspeção Estadual (SIE-AM), o estabelecimento tem o compromisso de seguir todas as normas higiênico-sanitárias previstas em lei e necessárias para disponibilizar produtos seguros para a saúde humana.
Foto: Annyelle Bezerra/Adaf
A campanha
A campanha “Carne clandestina: saúde em risco” será realizada pela Adaf, em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea), por meio de ações de educação sanitária junto aos consumidores, uso de banner, distribuição de folders informativos e fixação de cartazes nos estabelecimentos.
Nos escritórios da autarquia localizados fora da sede, os servidores percorrerão os estabelecimentos que comercializam produtos cárneos para conscientizar empresários e clientes sobre a importância da carne com selo de inspeção.
Aniversário da Adaf
Responsável por executar a política estadual de Defesa Agropecuária, visando à preservação do patrimônio animal e vegetal do Estado e a inocuidade e qualidade dos alimentos e produtos agropecuários, a Adaf completa, no dia 29 agosto, 12 anos de existência, celebrando conquistas importantes para o setor primário, como a certificação de estabelecimentos e o reforço do seu quadro de pessoal. A autarquia é vinculada à Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror) e foi criada pela Lei nº 3.801, de 29 de agosto de 2012.
No trabalho de inspeção, a Adaf chega aos 12 anos com 145 estabelecimentos de produção/beneficiamento de produtos de origem animal certificados junto ao Serviço Inspeção Estadual. Além da fiscalização de estabelecimentos de produtos de origem animal, a Adaf também atua em Barreiras de Vigilância Agropecuária (BVAs), que monitoram o trânsito de animais e vegetais no Estado, de forma a impedir a disseminação de doenças e manter os status sanitários do Amazonas.
Atualmente, há seis barreiras em funcionamento: Igapó Açu (Manicoré), Sucunduri (Apuí), Novo Aripuanã, Parintins, Humaitá e Jundiá (estrategicamente posicionada em Roraima, para impedir a chegada de produtos proibidos ao Amazonas).
Para dar conta dessas atividades, a Adaf realizou seu primeiro concurso em 2018, e a primeira convocação aconteceu em 2020, durante a pandemia de Covid-19.
Foram convocados, por meio de diversas nomeações, um total de 281 candidatos aprovados – número maior do que as 208 vagas previstas no edital. O resultado desse empenho também pode ser percebido na melhoria dos serviços prestados, como o atendimento remoto, implementado em 24 de janeiro de 2022, que disponibiliza vários serviços da Adaf pelo WhatsApp, facilitando a vida do produtor rural.
Até o momento essa modalidade de atendimento já foi solicitada 7.614 vezes. A principal demanda é emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA), documento obrigatório que permite a Adaf acompanhar a movimentação de animais, evitando assim a introdução de doenças que possam pôr em risco a população ou causar prejuízos aos produtores.
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